Versão para profissionais de saúde
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- Conheça os tipos de tumores sólidos na infância
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Sinais e sintomas
A manifestação clínica dos tumores infantojuvenis pode não diferir muito de doenças benignas (sem maior gravidade) comuns nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em condições razoáveis de saúde no início do adoecimento. Por esse motivo, o conhecimento do médico sobre a possibilidade de ser câncer é fundamental.
O médico deve suspeitar de neoplasia maligna, caso a criança retorne várias vezes à consulta com as mesmas queixas, especialmente com sintomas tais como: febre persistente, emagrecimento, palidez, petéquias, dor abdominal, aumento de volume abdominal, dor óssea, cefaleia, vômitos, crise convulsiva sem febre, alteração de comportamento, fraqueza de membros e paralisia de nervos.
Devido às dificuldades inerentes ao diagnóstico de câncer pediátrico, especialmente na fase inicial da doença, os profissionais de saúde são orientados a sempre levar a sério quando cuidadores informam que a criança não está bem. É importante acompanhar o paciente até a resolução do quadro que ela apresente. Em caso de suspeita diagnóstica de neoplasia maligna, encaminhar o paciente para avaliação por um pediatra na atenção secundária ou para um serviço terciário de atenção à saúde com especialistas em oncologia pediátrica.
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Diagnóstico
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de imagens.
Nos tumores sólidos, um estudo de imagem orienta para o procedimento inicial a ser realizado: algumas vezes é possível abordagem cirúrgica para a ressecção completa do tumor. Quando não for possível, será realizada uma biópsia para fornecer o diagnóstico histopatológico e início do tratamento quimioterápico. Nestes casos, a ressecção do tumor ocorrerá em um segundo momento. Dessa forma, atualmente consegue-se evitar cirurgias que causem muitos danos ao paciente, mantendo-se uma boa chance de cura. Somente em algumas situações muito específicas, o exame de imagem é suficiente para iniciar um tratamento.
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Tratamento
Pela sua complexidade, o tratamento deve ser feito em centro especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.
O tratamento é planejado de acordo com o diagnóstico do tumor, as suas características biológicas e a presença ou não de doença à distância do tumor.
O trabalho coordenado de vários especialistas (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos) também é determinante para o sucesso do tratamento.
Tão importante quanto o tratamento do câncer em si é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, deve ser dado suporte psicossocial ao paciente e aos seus familiares desde o início do tratamento.
Carta da equipe multiprofissional aos pais de crianças e adolescentes com câncer
Os Cuidados Paliativos em Oncologia Pediátrica são parte integrante do cuidado e devem ser incluídos desde o início do tratamento. São utilizados para melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes em qualquer fase do processo terapêutico.
Em razão da complexidade do tratamento dos diversos tipos de câncer que acometem essa faixa etária, o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizados em Serviço de saúde habilitado como Unidade ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon e Cacon), ambos com serviço de oncologia pediátrica. É importante ressaltar que os serviços habilitados são capazes de realizar a confirmação diagnóstica do câncer e condução do tratamento nas crianças e nos adolescentes.
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Acompanhamento pós tratamento
Com o aumento da curabilidade da doença, muitos pacientes com câncer na infância são sobreviventes a longo prazo, grande parte deles são hoje adultos. É importante que continuem o acompanhamento na clínica de seguimento por um tempo maior, para reconhecimento precoce e cuidado apropriado das complicações tardias que possam surgir. A abordagem multidisciplinar destes pacientes é parte integrante do tratamento oncológico.