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Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco
As ações nacionais de Vigilância do Câncer têm como objetivo conhecer com detalhes o atual quadro do câncer no Brasil. A vigilância do câncer é realizada por meio da implantação, acompanhamento e aprimoramento dos Registros de Câncer de Base Populacional e dos Registros Hospitalares de Câncer (centros de coleta, processamento, análise e divulgação de informações sobre a doença, de forma padronizada, sistemática e contínua). Os registros possibilitam conhecer os novos casos e realizar estimativas de incidência do câncer, subsídios fundamentais para o planejamento das ações locais de prevenção e controle da doença de acordo com cada região. Informações sobre Morbidade, incidência e mortalidade.
1. Formas de atuação
Vigilância dos Fatores de Risco para o Câncer - acompanha-se a exposição das populações a fatores de risco, como o tabagismo, a dieta inadequada, a vida sedentária e a exposição a substâncias carcinogênicas no trabalho e na comunidade. A vigilância é feita através da realização de estudos especiais em populações vulneráveis ou sob risco.
Avaliação da Prevenção e do Controle do Câncer e seus Fatores de Risco - Permite saber se os programas de saúde em execução estão atingindo os objetivos traçados, principalmente em benefício à população. A avaliação é realizada com base em indicadores epidemiológicos, no acompanhamento das etapas de ação dos programas e na comparação entre os resultados obtidos e os esperados.
Apoio ao Desenvolvimento da Capacidade Técnica e Gerencial para as ações de Vigilância e Avaliação - Os profissionais de saúde são apoiados pelo INCA na implantação da vigilância do câncer e seus fatores de risco, na análise das informações de saúde e na avaliação das ações de prevenção e controle, em âmbito municipal. O apoio é feito por meio de visitas e assessorias técnicas, treinamento de recursos humanos e articulação com os profissionais envolvidos nos programas.
Estudos e Pesquisas Especiais - permitem ampliar o acervo de informações sobre as doenças (causa, novas tecnologias para diagnóstico, avanços terapêuticos, sobrevida e qualidade de vida das pessoas doentes), sobre os fatores de risco e sobre a implantação e funcionamento dos programas. Normalmente, são estudos de curta duração direcionados a pequenos grupos da população.
2. Coordenadores Estaduais
O processo de descentralização das ações de vigilância do câncer no Brasil funciona através da capacitação de recursos humanos, em que o INCA habilita as equipes coordenadoras em todos os estados brasileiros (secretarias estaduais de saúde) para desenvolverem atividades de coordenação/gerência operacional do Programa.
Os Coordenadores Estaduais das ações de Vigilância têm as seguintes atribuições:
- desenvolver ações relacionadas aos Registros de Câncer, hospitalar e de base populacional (supervisionar, organizar treinamentos técnicos);
- realizar inquéritos e estudos especiais sobre fatores de risco e situação do câncer;
- divulgar informações sobre a doença e seus fatores de risco por meio de publicações que analisem a situação epidemiológica, como incidência e mortalidade, no seu estado;
- avaliar os resultados alcançados pelas ações de prevenção e controle do câncer no seu estado;
- consolidar informações sobre morbidade por câncer, no seu estado, avaliando a qualidade da assistência oncológica.
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